quinta-feira, 23 de abril de 2009

Oração a São Jorge.


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

São Jorge Rogai por Nós.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Onde ficou a alegria.

Olho no espelho. Procuro saber quem sou, não me reconheço, um rosto envelhecido do qual não me recordo. Procuro a juventude de outrora, o sorriso, porém só encontro as marcas das rugas. Sinto como se tivesse adormecido em sono profundo enquanto a vida teimou em passar.

Tento ver o que me tornei, vou em busca dos sinais do passado. Um olhar do que permaneceu em mim. Do que me lembro gostar e apreciar, saber onde foi que me perdi. Onde se perdeu o elo entre o devaneio e a realidade que não vi passar.

Um estranho. Isso que sou. Os gestos já não fazem mais sentidos, o paladar já não é mais o mesmo, as vestes saíram da moda. Onde estou? Quais as coisas que deixei de viver? O que desvaneceu durante o sono profundo?

São perguntas ainda sem resposta, nem sei se um dia as terei. Só consigo me ver revirando o empoeirado baú de memórias, saudosas e remanescentes memórias de uma época feliz. Talvez desde a minha infância, ótimos momentos.

Onde me encontro? Não sei, talvez no vazio do tempo remoendo sentimentos que me trazem a esperança de reconstruir a minha estrada e sem que torne a ter profundo sono que me tire a realidade ao alcance dos pés. Recordando o passado para saber onde se perdeu a alegria e onde nasceu a tristeza que me trouxeram os fios brancos e as rugas em tão pouco tempo. Espero achar a resposta e quem sabe voltar a sorrir.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A valsa.

Tímido entre meus pares. Observando - a sob a luz do balaústre. Arde em mim a vontade de chamá-lá , domá-lá para uma valsa. Uma valsa que não se faz alegre, porém eterna. Sinto que traz debaixo de suas vestes a paz que tanto procuro. Dama de negro, esconde seus olhos com uso de véu. Parece lúgubre, triste, solitária em busca de um parceiro fiel que dance contigo a valsa tão conhecida, porém pouco executada.

Me perco em calafrios ao perceber que olhas em minha direção. Será eu o escolhido para a dança?.Serei eu honrado com sua compania que em poucos minutos de dança que se faz eterna.

Caminhas lentamente em minha direção. Sob olhares atentos. Daqueles que também a querem e dos que refutam sua presença. Sinto-me consternado em ser o escolhido. Por instantes penso em desistir. Em retirada escapar do meu destino, mesmo assim desconcertado. Aceito o convite teu.

E começa melodia através do piano. Tocado por um dos teus, que sabem sua verdadeira identidade, como eu agora sei. Sei pois ao pesar das primeiras notas me vem um sentimento de paz. Leve como nunca fui. Encantado com a musica, perco-me entre seus braços. Sinto a fragância de seus inconfundível perfume de flores.

Isto, leve-me para longe. Onde hei de encontrar outros tantos encantados com sua beleza. Fazer parte de seu harém. Pois sei que só lá encontrei o que venho a buscar desde os idos tempos dos vinte e poucos. Só lá deitarei-me feliz, sob teu doce olhar.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Meretrizes

Ó meretriz, que já fui seu servo. Repousou-me em teus braços, recusou minhas lamurias, fez sumir tristeza. Tornou-me escravo de seu efémero carinho, uma paixão de minuto. Com tuas estórias fez a minha parecer conto de ninar.

Agora sinto ser refém de sua compania. Saiu a sua procura no cair da noite, passo as madrugadas em claro a procurar em outras a afinidade que outrora se fez em seu colo.
Amores vadios já são obra da casualidade, não são mais que desencontros, desaventuras.

Partires sem se despedir, deixas a vagar em tua busca através dos becos e portas entre abertas onde as fracas luzes só fazem refletir tua imagem como espelhos e tornam a me enganar, e sem deixar a busca dos sentimentos teus não findar.

Ó! rameira que fez feliz uma noite qualquer, diferente das outras conseguiste espantar o desalento que sempre torna ao raiar dos dias, sem que na madrugada lúgubre tenha passado junto a ti.

Essa eterna busca sem fim! Deverá fenecer longe de ti e de outras, ó meretriz.

domingo, 29 de março de 2009

A volta do Pula versão 2.8

Hoje, 28 de março de 2009. É o fim!!!

Proclamo eu a morte do Shrek. Sim quem teve a sorte ou azar de conviver com o ogro-signatário deste blog nestes últimos dois anos que aceitei esta singela alcunha. Será uma época da qual não levarei boas lembranças. Cansei. Hoje é o inicio de mais uma transformação.

Reiventar a própria estória, isso que vou fazer. Esquecer algum mal costume adquirido nesta experiência. Deixar de ser tão condescente com as coisas, engolir menos sapos. Buscar em não tão velhas fontes a inspiração para um novo EU. Um novo modo de lidar com as situações cotidianas.

É hoje finda-se a fase mais light, conhecida como shrekiana. De bom as únicas coisas que permanecem são algumas amizades, e a certeza de que escolhi o caminho certo. Mas a reinvenção de mim mesmo será uma forma de trilhar esse caminho com passadas mais firmes.


Há...., o blog continua. Foi ele uma ótima ferramenta para esta tranformação e continuara sendo para a transformação que se prentende fazer.

Aos poucos que me conhecem , pode dar adeus ao Shrek....

terça-feira, 24 de março de 2009

Há.., me fogem as palavras.


Com a mente fervilhando nestes dias. Ocorreu-me um vácuo criativo, mas para não deixar um hiato de posts. Resolvi colocar uma música que de certa forma exprime o que penso e provavelmente vem bem a calhar na situação atual.

Musica: Quando eu me chamar saudade (link)

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.

Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus dias.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais.


Grande poeta Nelson Cavaquinho. Musicas um tanto fúnebres mas que são de grande inspiração.

terça-feira, 10 de março de 2009

O Palhaço.

Um palco, um picadeiro. As luzes se acendem o público a espera de seu grande astro. Quem? o palhaço. Sim o palhaço, que tem o don de alegrar as pessoas. Que produz solitário seu espetáculo sob as luzes. Ator principal de suas piadas como também de seus dramas.

Dramas esses no qual as lágrimas se escondem debaixo da pintura. Que ficam sufocadas pelo sorriso. Mesmo que este não seja sincero.Pois ninguém acredita que o emissor de tantas alegrias seja capaz de chorar, choro esse que não é de felicidade.

Após fenecer o show, recolhe-se em seu camarim, lembranças ruins voam em sua mente, tristeza outrora guardade debaixo de de tão tenro sorriso feito à maquiagem. A mesma água que liberta que defaz o pintura alegre trás consigo as durezas da vida, os dissabores, os amores mal resolvidos.

Agora, solitário em seu reduto de descanso, como o mesmo foi no centro do picadeiro, porém sem luzes e nem público ao vê-lo, derrama-se em lágrimas como em um desabafo alivia seu peito amargurado. Como se estivesse limpando a alma.

Há..., quem me derá ser um palhaço. Poder ocultar sentimentos que já não me valhem , expulsá-los da mente.