terça-feira, 21 de abril de 2009

Onde ficou a alegria.

Olho no espelho. Procuro saber quem sou, não me reconheço, um rosto envelhecido do qual não me recordo. Procuro a juventude de outrora, o sorriso, porém só encontro as marcas das rugas. Sinto como se tivesse adormecido em sono profundo enquanto a vida teimou em passar.

Tento ver o que me tornei, vou em busca dos sinais do passado. Um olhar do que permaneceu em mim. Do que me lembro gostar e apreciar, saber onde foi que me perdi. Onde se perdeu o elo entre o devaneio e a realidade que não vi passar.

Um estranho. Isso que sou. Os gestos já não fazem mais sentidos, o paladar já não é mais o mesmo, as vestes saíram da moda. Onde estou? Quais as coisas que deixei de viver? O que desvaneceu durante o sono profundo?

São perguntas ainda sem resposta, nem sei se um dia as terei. Só consigo me ver revirando o empoeirado baú de memórias, saudosas e remanescentes memórias de uma época feliz. Talvez desde a minha infância, ótimos momentos.

Onde me encontro? Não sei, talvez no vazio do tempo remoendo sentimentos que me trazem a esperança de reconstruir a minha estrada e sem que torne a ter profundo sono que me tire a realidade ao alcance dos pés. Recordando o passado para saber onde se perdeu a alegria e onde nasceu a tristeza que me trouxeram os fios brancos e as rugas em tão pouco tempo. Espero achar a resposta e quem sabe voltar a sorrir.

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo por demais

Lizandra Pavan disse...

Se conseguir se encontrar, me passe o endereço do psicológo! hahahaha Complicado né?

Mas sem essa de rugas, tá eu sempre falo que vc já passou da meia idade, mas é brincadeira, nem chegou aos 30 ainda poxa!