terça-feira, 14 de abril de 2009

A valsa.

Tímido entre meus pares. Observando - a sob a luz do balaústre. Arde em mim a vontade de chamá-lá , domá-lá para uma valsa. Uma valsa que não se faz alegre, porém eterna. Sinto que traz debaixo de suas vestes a paz que tanto procuro. Dama de negro, esconde seus olhos com uso de véu. Parece lúgubre, triste, solitária em busca de um parceiro fiel que dance contigo a valsa tão conhecida, porém pouco executada.

Me perco em calafrios ao perceber que olhas em minha direção. Será eu o escolhido para a dança?.Serei eu honrado com sua compania que em poucos minutos de dança que se faz eterna.

Caminhas lentamente em minha direção. Sob olhares atentos. Daqueles que também a querem e dos que refutam sua presença. Sinto-me consternado em ser o escolhido. Por instantes penso em desistir. Em retirada escapar do meu destino, mesmo assim desconcertado. Aceito o convite teu.

E começa melodia através do piano. Tocado por um dos teus, que sabem sua verdadeira identidade, como eu agora sei. Sei pois ao pesar das primeiras notas me vem um sentimento de paz. Leve como nunca fui. Encantado com a musica, perco-me entre seus braços. Sinto a fragância de seus inconfundível perfume de flores.

Isto, leve-me para longe. Onde hei de encontrar outros tantos encantados com sua beleza. Fazer parte de seu harém. Pois sei que só lá encontrei o que venho a buscar desde os idos tempos dos vinte e poucos. Só lá deitarei-me feliz, sob teu doce olhar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito legal esse, mas... cadê o fanfarrão?! rs (brincadeira)
Gostei! =)
Que a valsa seja eterna enquanto dure, né?! ;)

Marina

Lizandra Pavan disse...

Uai Guim, tá apaixonado sô? hahaha